Quem Somos
Somos um grupo de alunos e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Osório, compromissado com estudos e ações relacionadas a inclusão das pessoas com deficiência, acessibilidade, Libras, entre outros temas relacionados.
Desenvolvemos diversas ações de ensino, pesquisa e extensão desde o ano de 2014 em nossa instituição, sempre visando ampliar a acessibilidade e incluir todas as pessoas em nossa comunidade.
Nosso projeto mais recente, e o que deu origem a esta plataforma, é entitulado Estudos acerca das variações linguísticas de Língua Brasileira de Sinais no litoral norte gaúcho. Abaixo segue o resumo desta pesquisa, a qual tem como um de seus resultados, o site Litoral Libras.
A Língua Brasileira de Sinais é uma língua legítima e genuína como as demais, diferindo apenas por sua modalidade gestual-visual. Ela não apresenta unidade e sofre variações. Em nossa localidade, essas diferenciações são também perceptíveis e marcantes. Observamos que a comunidade surda do litoral norte gaúcho vem apresentando uma crescente demanda por plataformas de estudos de Libras, direcionadas à região. Assim, objetivamos analisar alguns sinais realizados por sujeitos surdos do litoral norte gaúcho e compará-los com os encontrados em dicionários de Libras de outras localidades, para averiguarmos as variações linguísticas existentes. Após, buscamos produzir um site, contendo materiais didáticos específicos à região, que auxiliarão no processo de difusão dessa língua. Primeiramente, elencamos 5 cidades da região: Capão da Canoa, Imbé, Osório, Santo Antônio da Patrulha e Tramandaí. Nestas, definimos 1 sujeitos de pesquisa surdo. Reunimo-nos com cada um para a aplicação de um formulário contendo questionamentos relevantes ao estudo e para registrarmos a forma como sinalizavam determinados sinais. Estes sinais compuseram 4 listas de diferentes vocabulários: adjetivos, nomes de cidades do litoral norte, objetos e verbos. Durante a análise de dados, buscamos perceber, primeiramente, as variações existentes entre a comunidade surda local. Após, comparamos os sinais realizados por eles com aqueles encontrados no Minidicionário da Faders e, ainda, com os encontrados no Dicionário Enciclopédico Trilíngue. Concluídas as análises, podemos constatar que o sujeito de Capão da Canoa é o que mais varia em relação aos das demais cidades da região, enquanto o de Imbé é o que mais varia em relação aos sinais encontrados em ambos os dicionários analisados. Entendemos que promover o aprendizado da Libras na região seja a forma mais efetiva de incluir os sujeitos surdos em nossa comunidade.